Tango







Pequeno perfil da Comuna do Tango
Fonte: Administração comunal do Tango

Origem etimológia do nome
O Nome Tango surge de “Thangu”, da locução kimbundu“Ngwa Thangu”, nome pelo qual era conhecida uma senhora que tinha vários filhos, sem que tivesse possibilidades financeiras para sustentá-los, sobretudo no concernente a vestuário, situação que os levava a andar nus, ou seja, sem roupas.
Do Kimbundu – “Thanga” que quer dizer nudez ou pano curto que cobre as partes íntimas do corpo.
Segundo o ancião Kikoca, com a chegada dos portugueses, a localidade já no século XX, precisamente nos anos 1914 e 1915, altura em que se dá por vencida a resistência dos povos nativos pelo exército português e assinala-se o domínio total de Mufongo, os exploradores grafaram e perverteram o termo “Thanga” em Tango, daí o nome pelo qual é conhecida a comuna.
Fundação
Em 15 de Setembro de 1962, por influência de um comerciante chamado António Rodrigues, o então chefe o concelho George (cujo sobrenome seignora), apelidado pelos povos nativos como Kamabaka, termo originário do Kimbundu que traduzido literalmente para português –significa “Das Catanas”, aplicado ao caso e de forma personificada“homem das catanas”, em função do seu comportamento diatatorial selvagem que o levava a inflingir actos de tortura de elevada crueldade às populações locais, fundou a comuna do Tango, localidade que dista 34 quilómetros a leste de Camabatela, sede do município de Ambaca.
A comuna do Tango é um dos pôlos importantes da luta contra o colonialismo português e os seus povos são conhecidos pela bravura e coragem na defesa dos interesses nacionais, facto que o torna hoje num dos símbolos vivos das lutas de resistência à ocupação colonial e libertação nacional. A base de Kamalanje, das antigas FAPLAS, instalada na comuna é o principal exemplo do papel estratégico da região no combate ao colonialismo e de todas as formas de subjugação do povo angolano.
Monumentos e Sítios da comuna
A comuna do Tango tem vários locais históricos, materialemnte ligados as diferentes frentes em que esteve envolvido o povo angolano, com particular realce para as de resistência ao colonialismo e de libertação nacional.
São eles:
Região do Rio Kiphemba;
Bairro Dimuka;
Bairro Kinzuya e o espaço entre as localidades de Tunda e Kisadi, mais concretamente na nascente do Kambamba;
Bairro Lungisa;
Thango Kamwanze, Kamalanje e Sonye (Sonhi).
Locais Turísticos
Há muito por se explorar neste sector. Infelizmente as más condições das vias de acesso e falta de meios consentânios de locomoção em zonas anacúmenas constituem um grande empasse aos esforços tendentes a descoberta e exploração de locais turísticos, bem como o fomento do turismo rural, realidade que faz com que as grandes valências turísticas da região permaneçam desconhecidas. Sendo o turismo a indústria da paz, a descoberta e a consequente visibilização destes locais podem constituir um valor acrescentando a economia doméstica, poruqnto o país tem condições socio-políticas aceitáveis e que aconselham a aposta no sector.
Alguns locais turísticos de fácil acesso e que têm, embora de forma tímida, merecido as admirações de alguns turistas são:
Os rios Kiphemba, Uswa e Kissenda cujo curso impressiona qualquer viajante. Águas límpidas e calmas.
As quedas do Quimbanda e Mulende, no rio Lucala.
As pedras negras do Sambela Ndambi, também no rio lucala, localidade que tem acolhido os ritos tradicionais e outras cerimónias locais de agradecimento aos deuses.
Danças
A dança nesta região foi sempre executada com recurso a manifestações linguísticas e sonoras em Kimbundu, em variados estilos.
Estilo Kibote “forma de execução”
Mangueira (hungu ou mbungu), Sakaya, Batuque, Mbinda (cabaça), sendo os seus executores ornamentados com panos amarrados na cintura para ressaltar as curvas caraterísticas da mulher africana e nãos só (pois os homens também os usam), mantendo a ginga e todos os truques sedutores da expressão artística tanguense.
Música
Kassanda
É um estilo musicalexecutado de forma simples e que era maioritariamente feito pelos povosdurante ascaminhadas para mitigar a fadiga e manter um rítimo de andamento célere. Para além de ser uma manifestação cultural própria da região, o estilo era também utilizado como forma de denúncia dos maus tratos de que eram vítimas por parte do colono português e uma forma de revolução pacífica que consistia em formar e reforçar a convicção dos povos da região sobre a necessidade de lutar para libertação de angola.
Forma de execução
Usa-se uma viola, dikhanza, Sakaya e Hungu (mangueira). Termos como Walala Waza (respondendo o coro Waza) o caluso (gika,intervindo o coro que normalmente é composto pelos bailarinos), são comuns durante as suas execuções e o recurso a eles acontece no memento do rítimo, onde o solista remete-se ao silêncio deixando o som dos instrumentos falar mais alto.
Pratos típos da região
Fungi de bombó (também conhecido como “Nsa”), acompanhado de feijão, Kizaca, Nzaza (peixe fresco de água doce cozido fresco depois da captura, normalmente sempre com mwamba), Myengeleka, Gindendelengo (mosca de capa), Cassenete, Manzenguene, Jisombe e Khwate.
Bebídas típicas
Malavu e Walwa. Utilizadas em todas as cerimónias locais, até nos ritos tradicionais. Embora funcionem como bens substitutos em determinadas circunstâncias, mas nos ritos tradicionais mais rigorosos cada bebida tem as suas valências e simbolismo.
Potencialidades económicas
A comuna dispõe de um grande potencial agrícola por se explorar e apresenta um relevo apto para a criação de gado bovino e outros ruminantes.
Há maior necessidade de se investir no ramo da agricultura, porquanto a praticada pelos povos locais é de subsistência e não granate altos níveis de produção.
As principais culturas dos povos locais são:
Mandioca, amendoim (ginguba), cana de açucar, nhame, milho jithamba (um tipo de tubérculo semelhante à batata-rena, porém maisfina ealongada), milho e batata-doce.
Autoridades administrativas
Período Colonial - Gorge (ignora-se o seu sobrenome) e Carlos Ferreira.
Pós-independência – Pedro Domingos Neto, ainda nas vestes de Comissário Comunal.
Pedro Manuel Quituquina
Pedro Gonga Muhongo (2004 a 2014)
Inocêncio Kawanda (2014 até a data actual).



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