HOSTORIAL
A comuna do
Luinga, com uma área de 1.245 Km2 ,localiza-se no extremo leste
da vila de Camabatela, a uma distancia de pelo 50 km, dos quais 35 asfaltados
e 15 de terra batida.
Segundo as
autoridades administrativas locais, o nome Luinga deriva do rio que corta a
comuna na parte sul, descartando-se a possibilidade de o nome estar associado a
qualquer termo de origem kimbundu, embora a região seja detentora de uma tribo
denominada Luinga-kua-Ngola.
A comuna começou
como um posto Administrativo colonial, através de pequenos investimento na área
do comercio, protagonizados pelo portugueses António Assueiro. O comerciante
português foi motivado a investir na região do Luinga, pelo facto de ter visto
uma massa considerável de pequenos vendedores de produtos agrícolas saídos do
Luinga para Camabatela, em finais da década de 50.
Para chegarem a sede do município, os vendedores saídos do Luinga
transportavam as suas mercadorias em grandes trochas e os seus detentores
tinham de pagar as pessoas que se prontificavam a leva-las. Para chegarem ao
destino, os pequenos burgueses do Luinga usavam os chamados caminhos-fiote,
partindo de uma zona que se denominava Cu-ngingo-dya-ndonga ate Camabatela.
Neste meio, existia uma cantina de pau-a-pique, que servia para se efectuarem
certas permutas de bens de primeira necessidade alimentares, que suportava a
fome dos viajantes.
Em 1958, Asseueiro constrói a primeira edificação na sede da comuna.
Depois de construir tal edifício, Assueiro foi ter com as autoridade
portuguesas do Conselho Administrativo de Ambaca para que criassem oficialmente
um Posto Administrativo naquela região. Para o efeito, foi criado tal Posto,
chefiado superiormente pelo português de nome Geraldo.
Antes deste acto, afirmam certos dados históricos, a população do Luinga
era controlada Posto Administrativo de Cateco-Cangola, depois por Samba-Caju. O
nome Luinga só veio a vigorar de modo oficial a partir de 1958, sem dia e nem o
mês.
MONUMENTOS E SÍTIOS
O povo do Luinga, dada a característica da região, é detentora de um
acervo histórico-cultural bastante relevante.
No Luinga existem os seguintes locais históricos:
Lagoas do Tongela, localizada nas imediações das aldeias de candua e Luamba
Munuma
Os tuneis na zona de Kalaiala
Os Kikoko da famosa Zanga-dya-Mbinda
O túmulo da senhora Kasonzola, fundadora da Igreja com o mesmo nome,
localizado no bairro Hanga-Malongo
TURISMO
O sector necessita de se explorado. Infelizmente, as mas condições das vias
de acesso impedem a concretização deste desiderato.
Na região existem zonas paisagísticas boas de se contemplar, como
cachoeiras e outras, conforme descrevemos abaixo:
As cachoeiras do rio Luinga, localizadas na zona de Cateco-Quitexe
As lagoas do Zanga, no bairro Cahima
A barragem do Cangulungo, no bairro Senda II
O mosaico paisagístico na zona do Quixina e Quivanje.
ESTILOS DE DANÇA E SUA EXECUÇÃO
A dança acaba, muitas vezes, por ser uma das formas mais profundas de
expressarmos as nossas motivações de ordem cultural. A comuna do Luinga, a
semelhança de outras, e possuidora de um conjunto de danças muito bem
executadas por pessoas de certa idade, sempre acompanhadas do som de uma
marimba e kisanje, instrumentos tocados por exímios executores.
Assim, na comuna se dança:
O kindombe
A bemba
A dicanza
A kasanda e a dincula, todos dançados ao som do batuke, da mangueira
(hungu). Enquanto dançam, homens e mulheres amarram panos nas mbundas (cintura).
PRATOS TÍPICOS DA REGIÃO
O funje de bombo, o feijão macunde, a erva de feijão (kafwata), a kizaka
(folhas de mandioca), as folhas de abóbora (mengeleka), o manzenguene, o
Jiponde (bagre), o gingono (pequeno camarão de agua doce), jihala (canguejo do
rio), jiphuku (ratos), entre outros alimentos.
BEBIDAS TÍPICAS: O maruvu ou malavu, walwa e karapa, são as mais usadas.
POTENCIALIDADES ECONÓMICAS DA REGIÃO
A comuna possui uma vasta zona com solos férteis, propícios a pratica da
agricultura. Luinga possui ainda muitos rios, o que permite uma agricultura
mecanizada.
A região tem sido alvo de muitos investimentos de pessoas singulares que
ocuparam grandes parcelas de terra, para a instalação de fazendas
agro-pecuárias.
Para a sua sobrevivência, os habitantes da comuna dependem do cultivo da
mandioca, o amendoim, (jinguba), a cana de açúcar, o inhame, o milho, jithamba
(tubérculo fino e longo com características de batata branca, podendo variar a
sua cor), a batata-doce, rena, o feijão, a muteta (pevide), manhangwa (abobora)
e o cabambi (uma espécie de feijão)...
AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS COLONIAIS.
1.António
Assueiro, chefe do Posto Administrativo
2.João Rodrigues,
chefe do Posto Administrativo
3.Alexandre, outro
dirigente português do Posto
4.Pedro, outro
dirigente português
5.Geremias Gonga
Cassule, Aspirante
6.Aspirante Lucas
7.Senhor Bambo
8.Vieira Gaspar,
outro chefe do Posto
PÓS-INDEPENDÊNCIA
1.José Alberto
Cambango...ex-comissario
2.Mário
Benjamim...ex-comissario
3.António Manuel
Baptista Cavunga...ex-comissario
4.Rosário André
Chita...ex-comissario
5.Marques
Sangabi...ex-Administrador
6.Zinho Hebo
Malulo...ex-Administrador
7.Bernabé Sicato...ex-Administrador
8.Evaristo
Manuel...ex-Administrador
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